A educação como prioridade do Governo Lula...??


A educação brasileira tem sido foco de constantes lutas e reivindicações de uma sociedade que não visualiza a educação como prioridade do governo. Destaca-se como uma das questões mais debatidas: o melhoramento da qualidade do ensino público e das condições de vida e trabalho do professor e do aluno, e o aumento das verbas para a educação pública.


Os problemas são muitos. O próprio Presidente da República reconhecesse isso, no dia da apresentação do plano de governo para a melhoria da educação, fazendo a afirmação pertinente, na qual a educação se encontra no “pior dos mundos”, tendo como características contatadas a evasão e repetência escolar, bem como, o baixo salário dos professores e a má qualificação dos mesmos.


Diante dessas circunstâncias, o governo lança o plano de ação para a melhoria da educação e, neste, propõe a criação de uma prova avaliativa sobre a alfabetização de crianças de 6 a 8 anos, sem falar na elaboração de um novo indicador, pelo qual se espera visualizar cidades com nível de qualidade no ensino abaixo da média, para possa ser feito um investimento mais direcionado, cuja promessa é de 8 bilhões (0,4% do PIB), segundo o Ministro Fernando Haddad.


Tal investimento visa beneficiar tudo o que influencia diretamente a qualidade do ensino nacional. Essas ações nada mais são do que um ato justo e normal, já que o dinheiro é público. Só resta ser constatado futuramente se realmente esses investimentos alcançaram as populações mais necessitadas, de municípios longínquos, por exemplo.


Ressalta-se que o este fundo para a educação requer a participação ativa dos municípios, na identificação das necessidades e destinação do investimento para a constituição de uma educação de base mais fortalecida.


O plano prevê ainda o aumento da fixa etária da Bolsa Família de 15 para 17 anos e a ampliação do ProUni, em vista do maior acesso ao ensino superior, via instituições privadas (acréscimo de 400 mil Bolsas integrais às 400 mil – parciais e integrais – já oferecidas). A idéia seria a integração com o FIES, programa de financiamento estudantil, no caso específico das bolsas parciais, em que a metade para pelo aluno seria patrocinada por tal programa, já que, segundo Haddad, o crédito foi mal pensado e “é feito de tal maneira, que quem precisa, não pode pagar”.


Sobre esta questão, não se pode negar que o ProUni e o FIES constituem uma resposta remediativa frente às realidades de poucas vagas nas Universidade Públicas. Algo que se pode questionar diz respeito ao porquê de não haver investimentos satisfatórios para a manutenção da qualidade do ensino público e, por outro lado, haver a liberação de verbas, com maior facilidade, para tais programas.


Deste modo, ao se constatar que o ideal de investimento na educação, segundo especialistas, seria de aproximadamente, 20% do PIB, então se pode concluir, a partir de uma realidade de 0,4% para o Brasil, que a instalação de um plano de atuação, em vista de um avanço, constitui-se em um processo lento e quase estagnado.

(autor: José Simões)

Comentários

Anônimo disse…
Por que nao:)

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