CHAMADA DE UM COMENTÁRIO SOBRE O FILME "TROPA DE ELITE"



Por "Observatório da Indústria Cultural"
(...)Devemos lembrar ainda que a leitura individual de um filme está apoiada em uma seqüência de práticas articuladas umas às outras, sendo bem mais do que um ato autônomo, que tem a si mesmo como fim[3]. Logo, a representação das favelas como territórios das “classes perigosas” reproduzida em Tropa de Elite atua em conjunto com as reportagens da imprensa escrita e dos telejornais – que deslocam um aspecto do cotidiano desses espaços, a violência, e criam, pela repetição, uma realidade de acordo com categorias de percepção próprias dos profissionais de tal área. José Padilha lava as mãos e afirma que a sua intenção foi apenas acrescentar à história do cinema brasileiro a visão da polícia sobre a criminalidade pública. Ao que podemos questionar: neutralidade existe? O elogio à imparcialidade, em um contexto de guerra aos pobres na mídia e nas relações sociais – e, mais amplamente, de derrota da proposta do desarmamento da sociedade – convence apenas os entusiastas da abordagem simplista da violência urbana promovida pelo diretor – os quais, pelo menos (ou ironicamente), tomaram partido.


(LEIA NA INTEGRA. FONTE: http://oicult.blogspot.com/)

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